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Sempre e Nunca

Sempre e nunca,
são duas palavras que,
sempre que possível
nunca devem ser ditas!

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Arquivado em 2016, poema, Uncategorized

Amor e Ódio

Ódio

Primeiro odiou a pedra que não era redonda o suficiente. Sem a pedra, odiou a pedreira.

Depois odiou o pau, e sem o pau, odiou o pé da goiaba, a goiabeira.

Odiava as nuvens que encobriam o sol, e na falta de nuvens, odiava o próprio sol.

Odiava o vento e as montanhas, era tanto ódio que acabou morrendo de uma doença qualquer, que odiava.

Amor

Primeiro amou a pedra que não era redonda o suficiente. Sem a pedra, amou a pedreira.

Depois amou o pau, e sem o pau, amou o pé da goiaba, a goiabeira.

Amava as nuvens que encobriam o sol, e na falta de nuvens, amava o próprio sol.

Amava o vento e as montanhas, era tanto amor que acabou morrendo de uma doença qualquer, que amava.

Afinal de contas, não há motivos verdadeiros para o amor ou ódio, é apenas uma questão de decisão.

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Arquivado em 2016, poema

Céu pipocado de estrelas

céu_pipocado

Brincando com metáforas e neologismos.

      
     i

P                o         a

          p            c

A noite bem anoitinha sente ciúmes das luzes da cidade.

Apague as luzes que as estrelas começarão a pipocar no céu.

Uma aqui pi, outra ali , mais uma acolá .

Algumas caem, são cadentes, e quando pipocaem faça um desejo, mas não revele a ninguém.

Um desejo que ainda não foi feito é indesejado, pense num indesejo que queira ser realizado, desejado:

Piscina de chocolate quente.

Porta de bolacha maizena,

Cachorro-quente de sorvete.

Pipocam estrelas de imaginação, indesejos saltam para fora e se tornam até desejáveis.

Se ao anoitecer pipocam as estrelas e os desejos, na hora de acordar começam a capopinar.

Some uma aqui ca,

e outra ,

a última ali pi.

Capopinaram todas, já é hora de acordar,

mais um dia inteiro de realidade.

 

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Arquivado em 2016, Coletivo Hiato, poema