Perdão, eu pé de limão

intelectualmente é fácil falar
sobre o perdão ou perdoar,
pedir para os outros perdoarem,
mas na prática pessoal
é complicado

em pequenas situações do cotidiano,
algumas relações me despertam
uma raiva interior.

se é vida passada, não importa,
tenho que resolver isso agora.

me lembra situações passadas,
em que eu fui o causador de problemas.

tenho procurado exercer a paciência,
principalmente nessas horas de raiva
interna.

quando eu ligo a televisão, me desperta raiva,
às vezes me demoro ali, outras vezes não,
não estou isento de culpa, acabo vibrando o
mal nesses horas.
desligo e vou fazer outras coisas.

no trânsito tenho procurado fazer oração,
quando me vejo na raiva, procuro abençoar.

perdoar é desatar nós,
não perdoar é apertar nós,

e esses nós, carregamos para outras vidas,
não quero carregar desafetos, ou pelo
menos diminuir esse risco.

aos meus filhos, procuro incentivá-los
ao perdão, e em muitos casos
eles se saem melhor que eu.

me sinto um pé de limão,
com espinhos e o fruto é azedo.
Mas em muitos casos o fruto
é bom, para fazer limonada, caipirinha
temperar salada, remédio para gripe,
mas não espere que eu seja
doce, nem tente subir no limoeiro,
os espinhos podem te machucar.

Me perdoe pelos erros, alguns foram
propositais, outros não.