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Livros que estou lendo, ou que já li, recomendados e nem tanto.

O começo do fim para os livros

E o livro!? Tema polêmico esse. O livro vai acabar mesmo! Como acabaram as fitas K7, como vão acabar os CDs. O livro foi o último afetado pela revolução digital, que já não e tão revolucinária e precisa abrir espaço para a revolução biológica que está por vir.

Primeiro vieram os leitores de livros eletrônicos com a e-tinta, no início do ano passado veio o tablet da Apple com sua incrível interface intuitiva, aos poucos, as editoras estão disponibilizando títulos em novos formatos eletrônicos, e o custo dos equipamentos caindo. O tablet não é novidade, me lembro de ter visto um notebook tablet no ano 2000, custando 5x mais o que custava um PC convencional. Porém essa interface multi-toque mudou todo o cenário e abriu campo para novas inovações.

Me diga com sinceridade! Se você tem um equipamento do tamanho de uma página de livro, tão fino quanto um livro de 50 páginas, e que nesse equipamento você possa guardar todos os livros de sua biblioteca pessoal, e mais milhares de outros livros, fale com sinceridade, você continuaria alimentando traças e juntando pó nas estantes? Acho que sim, eu também vou! Mas as novas gerações não vão tolerar o papel e nossos filhos não herdarão nossos livros.

Então! Esse equipamento está tomando forma, e acredito que dentro de uns cinco anos seu conceito estará formado e dentro de 10 anos os livros como os conhecemos fará parte da história da evolução humana, e não mais serão impressos.

Alexandre o grande teria uma Alexandria em suas mãos!

E caso queira buscar por um assunto, basta digitar a palavra chave, que as páginas dos livros e livros viriam em sua tela. O livros serão armazenados nas nuvens, bem como suas músicas, vídeos, novelas, filmes, contatos e tudo mais. Nessa sua busca, você vai encontrar seus textos, vai encontrar vídeos e músicas relacionadas ao tema. Já pensou preparar uma aula ou uma palestra, quanto conteúdo teria disponível.

As crianças vão agradecer! Não vão mais tolerar essa insanidade de levar mochilas repletas de livros para a escola, cada uma terá seu próprio tablet.

Os livros vão mudar, porque tem que ser escrito? Uma imagem vale mais que mil palavras já diziam. Isso mesmo, as histórinhas infantis serão no formato de vídeo interativo (o vídeo game ganhará uma conotação mais positiva). Sabe o porquê antigamente se contava historinhas antes de dormir, é porque não existia youtube, as crianças do passado como as de hoje e as do futuro, adoram interatividade, e são mais criativas e imaginativas do que aquelas que dormiam ouvindo as historinhas, as de hoje ficam muito bem acordadas prestando atenção em todos os detalhes.

Isso não é o fim, mas o começo! A inovação sempre prevalece e os incrédulos, bem, esses farão parte de uma página virada.

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Distância e Proximidade, qualidades e defeitos

Como aquela frase que diz: “Santo de casa não faz milagres.”

Quando vemos uma paisagem distante, uma montanha com suas imensas árvores por exemplo, isso nos faz imaginar logo um cenário de paz, uma pintura divina, e quando o sol se põe atrás dessa montanha então, aí o cenário perfeito está completo, coisa maravilhosa que a divindade nos presenteia todos os dias.

Porém quando estamos inseridos nessa paisagem, estamos nessa  montanha, debaixo de imensas árvores, sem rumo, sem norte, sem água, com fome, cansados, cheio de possíveis bichos peçonhentos a espreita, o sol está se pondo, já já que vai anoitecer e o bicho aparecer. A paisagem não mudou, porém nosso estado de espírito interno sim. Externamente mais um por de sol como qualquer outro, internamente, o pavor toma conta, a imaginação domina e o medo surge para nos atacar.

Perceba que em ambos os casos o mundo externo é o mesmo, a montanha, o pôr do sol, mais um belo dia. Porém o mundo interno é completamente diferente, saímos de uma paz interior para um terror imaginário.

Claro que a situação aqui tratada é um extremo que poucos passam por isso no dia a dia, mas essa mesma situação serve de base para nos fazer entender que dependendo do nosso estado interior, vemos as coisas do exterior de uma forma um tanto quanto diferentes, um mesmo ponto de vista, visto com óculos diferentes, com o óculos colorido da paz enxerga-se paz, com o óculos colorido do medo, enxerga-se o pavor, o pânico.

E se retirarmos os óculos? O que veremos?

Na verdade, só o fato de nos distanciarmos do cenário, já é o suficiente para olharmos com bons olhos, como se não importasse o óculos que usássemos. Quando se distância, deixa de ouvir as fofocas, quando se distância não tem oportunidade para falar mal, apenas olhar, contemplar, se é algo ruim, não nos afeta, se é algo bom pouco nos impressiona, assim é que ao assistirmos televisão, podemos ver guerras e destruições ao mesmo tempo em que jantamos e ajudamos os filhos a fazerem lições. O problema porém, é o tratamento que está dando ao seu filho que está próximo, provavelmente o estado de humor não estará dos melhores no instante em que assiste a essas coisas, assim quem está perto sofrerá.

Aqui vale também aquela máxima de que “A grama do vizinho é sempre a mais verdinha.”, ou seja, está distante. O marido ou a esposa do outro, a escola do outro, a outra empresa, a outra cidade, o outro. Se nós vemos coisas ruins ao nosso redor é hora de tirar esse óculos e passar a olhar as coisas como são naturalmente, boas!

 

 

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O Caminho da Riqueza

O CAMINHO DA RIQUEZA

The way to wealthpor BENJAMIN FRANKLIN

Tradução: R.B.O.Ribeiro
r_oribeiro@hotmail.com
Colaboração: M.O.Guerreiro

O CAMINHO DA RIQUEZA
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Estimado Leitor

Tenho escutado que nada confere a um autor tão grande prazer quanto encontrar seus trabalhos respeitosamente citados por outros cultos autores. Desse prazer tenho raramente gozado; apesar de ter sido, se é que posso dizer isso sem vaidade, um eminente autor anual de almanaques, hoje já faz um quarto de século, e meu irmão da mesma forma, por razão que desconheço, sempre foram comedidos em seus aplausos, e nenhum outro autor tomou o menor conhecimento da minha existência, de modo que meus escritos não me causavam algo de muito palpável, e a grande a escassez de elogios iria me desencorajar por completo.

Concluí, finalmente, que as pessoas são os melhores juízes do meu trabalho; pois compram meus textos; além disso, em minhas caminhadas, onde não sou pessoalmente conhecido, tenho freqüentemente escutado um ou outro de meus provérbios repetido juntamente com um “como dizia o Pobre Richard” ao fim; isso me dava alguma satisfação, e mostrava que não somente minhas idéias eram consideradas, mas descobria do mesmo modo um certo respeito pela minha autoridade; e mesmo eu, que estimulava a prática de lembrar e repetir essas sábias máximas, muitas vezes me citava solenemente.

Julgue, então, como fiquei gratificado por um incidente que vou contar para você. Parei com meu cavalo um pouco depois de onde um grande número de pessoas estava, ao redor de um leilão de mercadorias diversas que se realizaria entre os comerciantes. A hora das vendas não vinha, e conversavam sobre os tempos difíceis; e um deles chamou a um homem velho, simples, limpo e com tranças brancas, ‘Reze, Compadre Abraham, o que pensa dos tempos atuais? Esses impostos elevados não irão completamente arruinar o país? Como faremos para estarmos sempre aptos a pagá-los? Que conselho você tem a nos dar?’ Compadre Abraham se levantou e respondeu, ‘se você quer meu conselho, te dou isso em poucas palavras; para o sábio, uma palavra basta, e muitas palavras não enchem um alqueire, como dizia Pobre Richard.’ Eles se juntaram desejando ouvi-lo e agruparam-se ao seu redor, ele disse o que se segue.

‘Amigos’, disse, ‘e vizinhos, os tributos são de fato muito pesados e, se aqueles impostos pelo governo fossem os únicos que tivéssemos de pagar, nós poderíamos mais facilmente deles nos livrar; mas nós temos muitos outros, e que mais afligem alguns de nós. Somos taxados duas vezes por causa de nossa ociosidade, três por nosso orgulho, e quatro vezes por nossas loucuras; e desses tributos os cobradores não tem como nos facilitar ou livrar, admitindo um abatimento. No entanto, nos deixe ouvir um bom conselho, e algo pode ser feito por nós; Deus ajuda quem se ajuda, como diz o Pobre Richard, em seu Almanaque de 1733.

‘Poderíamos pensar ser um governo rigoroso aquele que taxa seu povo um décimo de seu tempo, a ser empregado a seu serviço; mas o ócio taxa muitos de nós muito mais; preguiça, trazendo doenças, encurta definitivamente a vida. Preguiça, como ferrugem, nos consome mais rápido que o labor; enquanto a chave usada fica sempre brilhante, como diz o Pobre Richard. E aqueles que amam a vida, não devem desperdiçar o tempo, pois é disso que a vida é feita, como diz o Pobre Richard. Quanto mais do que o necessário gastamos em dormir, esquecendo que A raposa que dorme não pega a presa, e que Teremos tempo o suficiente para dormir na sepultura, como diz o Pobre Richard.

‘Se o tempo é das coisas a mais preciosa, desperdiçar o tempo deve ser, como diz o Pobre Richard, a maior prodigalidade de todas; porque, como nos diz noutro momento, o tempo perdido nunca mais é reencontrado; e o que nós chamamos de tempo bastante, sempre se revela pouco o bastante. Deixe-nos com o acima dito e trabalhando e trabalhando para os objetivos; pela diligência poderemos fazer mais com menos perplexidade. Preguiça faz tudo mais difícil, mas industriosidade tudo mais fácil; e aquele que se levanta tarde precisará trotar o dia todo, e poderá duramente alcançar seu negócio à noite; enquanto a Preguiça viaja tão lentamente, a Pobreza logo a ultrapassa. Dirija teu negócio, não permita que ele te dirija; e Cedo para a cama, cedo a se levantar, faz do homem saudável, rico, e sábio, como diz o Pobre Richard.

‘Assim, o que significa o desejo e a esperança por melhores tempos? Nós podemos fazer de nossos tempos melhores, se exaltar-nos a fazê-lo. Industriosidade não exige desejo, e aquele que vive em cima de esperanças morrerá em jejum. Não há enriquecimento sem sofrimento;[1] daí que socorro, ou ajuda, nenhuma terra há para mim; e, se há, eles espertamente taxam. Quem tem um negócio tem uma terra; e aquele que tem uma profissão, tem um escritório proveitoso e honrado, como diz o Pobre Richard; por outro lado, no comércio há que se suar a camisa e a profissão precisa ser seguida, ou nem a terra e nem o escritório irão pagar nossos tributos. Se somos industriosos, nunca morreremos de fome; pois, na casa do trabalhador a fome espreita, mas não ousa entrar. Nem irão o oficial ou a polícia entrar, porque o trabalho paga as contas, enquanto o desespero as aumenta. Embora não tenha encontrado nenhum tesouro, nem recebido nenhum rico legado por herança, Diligência é a mãe da boa sorte, e Deus a concede a todos os que trabalham com afinco. Então invista pesado enquanto os preguiçosos dormem, e terá milho para vender e manter-se. Trabalhe enquanto é chamado hoje, porque você não sabe se será chamado amanhã, o que faz o Pobre Richard dizer, um hoje vale por dois amanhãs, e mais, se tiver algo para fazer amanhã, faça hoje. Se você fosse um empregado, não ficaria envergonhado se um bom chefe o flagrasse inativo? Seja você seu próprio chefe, fique envergonhado de flagrar-se inoperante, como diz o Pobre Richard. Quando há muito o que se fazer por você, pela sua família, por seu país e por seu gracioso rei, esteja de pé ao despertar do dia; não deixe o sol se pôr para dizer, inglorioso, aqui se deita. Maneje suas ferramentas sem luvas; lembre-se, gato em luvas não pega rato, como diz o Pobre Richard. ‘É verdade que há muito a ser feito, e talvez você seja fraco de fé, mas suporte firmemente; e você verá grandes efeitos, água mole em pedra dura, tanto bate até que fura[2]; e pela diligência e paciência o rato rói em dois o cabo; e pequenos talhos fazem tombar grandes carvalhos,[3] como diz o Pobre Richard em seu Almanaque, cujo ano agora simplesmente não me recordo.

Para mim, que escuto alguns de vocês dizer, “Deve um homem não reservar para si nenhum lazer?” Vou te dizer, meu amigo, o que o Pobre Richard diz, emprega teu tempo bem, se sua intenção é ter lazer; e, enquanto tua arte não estiver perfeita, não jogue fora uma hora sequer.[4] Lazer é um momento de fazer algo útil; esse lazer o homem diligente obtém, mas o preguiçoso nunca; de modo que, como diz o Pobre Richard, uma vida de lazer e uma vida de preguiça são duas coisas diferentes. Imagina que preguiça venha prover a você maior conforto que o trabalho? Não, primaveras problemáticas devido ao ócio, trabalho duro devido a extravagâncias e supérfluos.[5] Muitos, sem labor, só ganham a vida de forma suspeita, mas quebram pela falta de reservas. Ao passo que a industriosidade garante conforto, e abundância, e respeito; corra dos prazeres, e segui-lo-ão. O diligente algodoeiro tem uma longa jornada, e agora que tenho uma vaca e da ovelha a lã, todos me desejam um bom amanhã;[6] tudo isso foi bem dito pelo Pobre Richard.

‘Mas com nossa indústria, da mesma maneira nós devemos ser firmes, serenos, e cautelosos, e supervisionar a nós mesmos com nossos próprios olhos, e não acreditar muito nos outros; afinal, como diz o Pobre Richard

Nunca vi uma árvore que removem freqüentemente de lugar,
Tampouco uma família que freqüentemente decide se mudar,
Que tenha prosperado tão bem quanto aqueles que estabelecidos decidiram ficar.

E de novo, três mudanças é algo ruim como o fogo; e de novo, mantenha a tua loja, e tua loja te manterá; e de novo, se tiver seu negócio feito, vá; se não, avance. E de novo,

Ele que com o arado pretende prosperar,
Terá que, o próprio, dirigir ou segurar.

E de novo, o olho do patrão rende mais trabalho que ambas suas mãos; e de novo, a falta de cuidado nos gera maior sofrimento do que a falta de conhecimento;[7] e de novo, não vigiar os trabalhadores é deixar-lhes sua bolsa aberta. Acreditar demais nos cuidados dos outros é a ruína de muitos; por isso o Almanaque diz, Nos assuntos deste mundo os homens são poupados, não pela fé, mas pela falta disso; mas o cuidado próprio de um homem é proveitoso; portanto, dizia Pobre Dick, aprender é para o estudioso, e riquezas ao cuidadoso, assim como poder ao ousado, e o céu ao virtuoso, e, posteriormente, se você possuir um empregado fiel, e um que você goste, sirva-se você mesmo.[8] E de novo, ele advertiu para a circunspecção e atenção, mesmo nas menores questões, porque às vezes uma pequena negligência pode produzir um grande prejuízo; ademais, pela falta de um prego a ferradura se perdeu; pela falta de uma ferradura o cavalo se perdeu; e pela falta de um cavalo o cavaleiro se perdeu, sendo capturado e massacrado pelo inimigo; tudo pela falta de um prego de ferradura.

‘Tanto pela indústria, meus amigos, e atenção ao próprio negócio; mas a isso se deve adicionar a frugalidade se faremos nossa indústria de modo certamente mais bem sucedido. Um homem pode, se não sabe economizar o quanto ganha, passar toda a sua vida trabalhando duro e continuamente, e quando morrer não valerá um vintém ao fim. Uma cozinha gorda faz com que se tenha um testamento magro; e

Muitas propriedades são gastas para se sustentar,
Desde que mulheres, pelo chá, abandonem o fiar e tricotar,
E homens, por um drinque, abandonem a lenha a cortar.

Se quer ficar rico, pense em economizar tanto quanto em obter. As Índias não enriqueceram a Espanha, pois as despesas dessa eram maiores que seus lucros.
‘Para longe, então, com suas caras loucuras, e não terá que reclamar de tempos difíceis, pesados tributos, e famílias endividadas; pois

Mulheres e vinho, jogos e dissimulação,
Fazem a riqueza pequena e enorme a ambição.

E ademais, O custo de um vício é suficiente para se educar duas crianças. Você pode pensar que talvez um pouco de chá, ou um pouco de um drinque agora e depois, uma dieta um pouco mais custosa, roupas um pouco mais finas, e um pouco de divertimento agora e depois, não podem ser grande problema; mas lembre-se do que disse o Pobre Ricardo, reduzidos gastos geram uma considerável despesa; e depois, Acautele-se das pequenas despesas; um pequeno vazamento leva um navio à deriva; e de novo, aquele que apaixonado por iguarias e requinte, há de se ver como pedinte; e ademais, tolos fazem banquetes, e sábios os devoram.

Aqui estão todos juntos nessa loja de finezas e bugigangas. Vocês os chamam de bens; mas, se não tomar cuidado, se provarão maléficos para alguns de vocês. Acredita que serão vendidos baratos, que talvez eles possam sair por menos do que custam; mas, se não tem necessidade deles, eles serão caros para você. Lembre-se do que o Pobre Ricardo diz; Compres aquilo de que não tens necessidade, e em breve hás de vender aquilo de que necessitas. E de novo, diante de uma grande bagatela espere um pouco: isso significa que, talvez seja apenas aparente o preço baixo, e não real; ou a barganha, ao invés de aprumar teu negócio, pode causar mais danos que benefícios. Além disso, ele diz, muitos tiveram sua ruína comprando bagatelas. Novamente, Pobre Ricardo diz, ‘esses insensatos que jogam dinheiro fora em compras das quais se arrependem; e ainda essa loucura é praticada todos os dias nas feiras, na falta do conhecimento do Almanaque.

Sábios, como diz o Pobre Ricardo, aprendem com os prejuízos alheios, tolos, dificilmente com os próprios; mas Felix quem faciunt aliena pericula caustum.

Muitos, em consideração a um vestido espalhafatoso, se foram com a barriga vazia e deixando à míngua suas famílias. Sedas e cetins, escarlates e veludos, irritam o fogo da cozinha.

‘Essas não são necessidades da vida; mal podem ser chamadas de conveniências; no entanto, somente porque aparentam beleza, quantos querem tê-las! Os desejos artificiais da humanidade se tornam mais numerosos que o natural; e, como diz o Pobre Ricardo, para uma pessoa pobre, há uma centena de indigentes. Por essas e outras extravagâncias, abonados são reduzidos à pobreza, e forçados ao empréstimo daqueles que primeiramente desprezaram, mas que através da indústria e a frugalidade mantiveram sua posição; neste caso isso aparece claramente, que um camponês em seus pés é maior do que um nobre de joelhos, como diz o Pobre Ricardo. Talvez tenham uma pequena propriedade que lhes foi deixada, a qual não sabem como se adquiriu; pensam, “‘É dia, e nunca será noite”; que um pouco a ser gasto de tanto não é valor a se preocupar; uma criança e um tolo, como diz o Pobre Ricardo, imaginam que vinte tostões e vinte anos nunca podem ser gastos mas, sempre sugando a mamadeira, sem nunca colocar, logo se chega ao fundo; como diz o Pobre Ricardo, quando a fonte seca, se conhece o valor da água. Mas isso deveriam ter sabido antes, se tivessem tomado seu conselho; se quiser saber o valor do dinheiro, vá e tente obter por empréstimo um pouco; pois aquele que vai pedir emprestado, vai sofrer um bocado; e certamente o sabe aquele que empresta para tal pessoa, quando ele se mete nisso novamente. Pobre Ricardo adiante aconselha, e diz,

Afeição e orgulho por um vestido é uma maldição.
Se uma extravagância lhe consulta; consulta sua carteira à mão.

E novamente, o orgulho é tão aberrante a um pedinte quanto o desejo, e mais descarado. Quando você compra uma coisa fina, você terá que comprar dez mais, pois sua aparência pode ser toda de uma peça; mas Pobre Ricardo diz, ‘é mais fácil suprimir o primeiro desejo, que satisfazer todos os que se seguem a esse. E ‘é uma verdadeira loucura ao pobre macaquear-se de rico, como a rã que incha a fim de se igualar ao boi.

As grandes propriedades podem arriscar mais na aposta,
Mas os pequenos barcos devem manter-se perto da costa.

Isto é, no entanto, uma loucura logo punida; pelo orgulho que janta na vaidade antes do desdém, como diz o Pobre Ricardo. E ainda, o orgulho que teve a fartura por café da manhã jantou com a escassez, e ceou com a infâmia. E diante disso, para que serve o orgulho da aparência, e por que se arrisca e se sofre tanto? Isso não pode promover a saúde, ou acalmar a dor; isso não acrescenta nada ao mérito de uma pessoa, isso cria inveja, e acelera o infortúnio.

O que é uma borboleta? No melhor dos casos,
Ela é apenas uma lagarta vestida.
Apenas uma imagem berrante e esplêndida.

Como diz o Pobre Ricardo.
‘Mas que loucura deve ser isto de se incorrer em dívidas por esses supérfluos? Nos são oferecidos pelos termos do mercado, seis meses de crédito; e isso, talvez, induziu a alguns de nós a aceitar isso, porque não podemos agora dispor do dinheiro, e esperamos ficar bem sem ele. Mas, ah! Pense no que você faz quando se endivida; você dá a outro poder sobre sua liberdade. Se você não puder pagar no vencimento, você será humilhado ao ver seu credor; você estará com medo ao falar com ele; apresentará pobres, miseráveis, e furtivas desculpas, e, de grau em grau, perderá sua veracidade, e irá até o fundo, mentindo de fato; pois, o Segundo vício é mentir, o primeiro é endividar-se, como diz o Pobre Ricardo.

‘O que você diria de um príncipe ou governo, que poderia emitir uma lei proibindo que você se vista como um cavalheiro ou uma dama, na dor do aprisionamento ou servidão. Não diria você que é livre, tem o direito de vestir-se como desejar, e que essa lei seria uma quebra em seus privilégios, e esse governo tirânico? E apesar disso você cogita submeter a si a essa tirania, quando você se endivida por essa roupa! Seu credor tem autoridade e, ao seu prazer, pode privá-lo de sua liberdade, mandando-o para a cadeia ou vendendo-o como um empregado, se não tiver como pagá-lo. Quando fecha o negócio, você pode, talvez, fazer pouco do pagamento; mas credores, Pobre Ricardo no conta, têm melhor memória que devedores; e, por outro lado, diz, credores são uma seita supersticiosa, grandes observadores da organização dos dias e tempos. O dia vem chegando e a demanda pelo crédito é feita antes que você perceba e esteja pronto para atendê-la, ou você tem o seu débito em mente, ou o vencimento que parecia tão longo será, à medida que o tempo deflui, extremamente curto. O tempo parecerá ter adicionado asas a seus calcanhares assim como nos ombros. Os que tiveram uma curta Quaresma, disse o Pobre Ricardo, tiveram que pagar na Páscoa. Dessarte, como diz, O que pede emprestado é escravo do que empresta, e o devedor do credor, desdenhe da corrente e preserve sua liberdade; e mantenha sua independência: seja industrioso e livre; seja frugal e livre. Agora, talvez, você possa pensar em você mesmo em condições de prosperidade, e poder lidar com pequenas extravagâncias sem prejuízo, mas

Para a idade e o desejo, economize até não poder;
O sol da manhã não alcançará o anoitecer,

como diz o Pobre Ricardo. O lucro pode ser temporário e incerto, mas enquanto viver, despesas serão constantes e certas; e ‘mais fácil construir duas chaminés que manter uma abastecida, como diz o Pobre Ricardo. Então, melhor ir para a cama sem a última bolacha da noite, do que endividar-se.

Pegue o que puder, e o que pegar, mantenha;
Essa é a pedra que em tudo ouro transforma,

como disse o Pobre Ricardo. E quando tiver a pedra filosofal, certamente não irá mais reclamar de maus tempos, ou da dificuldade de pagar tributos.

‘Essa doutrina, meus amigos, é feita de razão e sabedoria; mas, além disso tudo, não depende demasiado de nossa indústria, e frugalidade e prudência, apesar de serem coisas excelentes, podem ser destruídas sem a benção dos Céus; e, conseqüentemente, peça a benção com humildade, e não deixe de ser caridoso àqueles que pareçam precisar disso, mas os conforte e ajude. Lembre-se que Jó sofreu, e depois prosperou.

‘Por fim, para concluir, a experiência continua sendo uma escola cara, mas tolos em nenhuma outra aprenderão, e dificilmente nessa; para isso, é verdade, nós podemos dar um conselho, mas não o comportamento, como diz o Pobre Ricardo; no entanto, lembre-se disso, aqueles que não forem aconselhados não poderão ser ajudados, como diz o Pobre Ricardo: e mais distante, se você não ouvir as vozes da razão, elas certamente irão bater as suas juntas.’
Assim, o velho cavalheiro finalizou seu discurso. As pessoas que o ouviram aprovaram a doutrina, e imediatamente se puseram a fazer o contrário, assim como se fosse um sermão comum; ao abrir o mercado, passaram a comprar extravagâncias, não obstante suas cautelas e seu próprio medo dos impostos. Descobri que o bom homem estudara profundamente meus almanaques, e digeriu tudo o que coloquei sobre esses assuntos durante o período de 5 a 20 anos. A freqüente menção a meu nome deve ter cansado a qualquer um, mas minha vaidade estava maravilhosamente deleitada com isso, embora estivesse consciente de que nem a décima parte daquela sabedoria era minha, a que me atribuía, mas resultado de minhas buscas pelas razões de todas as épocas e nações. Entretanto, resolvi que seria melhor ser o eco disso; e embora no início estivesse determinado a comprar revestimento para o meu casaco, mudei de idéia e decidi vestir o meu usado um pouco mais. Leitor, se fizer o mesmo, teu lucro será tão grande quanto o meu. Eu estou, como sempre, a seu dispor, para servir-lhe,

Richard Saunders,
Julho, 1757

[1] There are no gains without pains.
[2] Constant dropping wears away stones.
[3] Little strokes fell great oaks.
[4] Since thou art not sure a minute, throw not away an hour.
[5] “(…) trouble springs from idleness, and grievous toil from needless ease.”
[6] The diligent spinner has a large shift; and now I have a sheep and a cow, everybody bids me good morrow.
[7] (…) want of care does us more damage than want of knowledge.
[8] (…) if you would have a faithful servant, and one that you like, serve yourself.

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A vingança dos patos

De 2010.07.31 Passeio no parque

O pato já foi considerado um ser que não faz nada direito, não nada como um peixe, é desengonçado ao andar, seu som nasalizado está longe do canto do Sabiá. Há quem compare o pato com um leão, e tadinho do pato, não tem muitas qualidades.

Mas agora chegou a hora de se vingar! Nesse mundo globalizado os especialistas estão sendo liderados por generalistas, pessoas que aprenderam as habilidades de lidar com seres humanos, e atuam em qualquer ambiente.

Até porque a informação é abundante, os acontecimentos são documentados ao vivo, apesar do mundo virtual, as relações pessoais estão cada vez mais valorizadas, negociações sem fronteiras, relações de poderes não estão mais tão óbvias.

É muito importante o leão especialista dentro de uma empresa, mas quando se juntam estão se matando, caçam e matam sua presa, tendo que caçar novos clientes sempre! Não cultivam relações duradouras, têm dificuldades nessa áreas, pois são muito bons no que fazem.

Já os patos, no inverno eles voam com a família para um local mais quente e curtem o momento, quando volta o verão, estão de volta para fazerem o que sabem melhor fazer, curtirem o momento.

É a era de valorização dos patos, talvez mais importante que saber como é também saber onde e com quem.

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Produtos 12h não funcionam

Não sei o que leva um cara a escrever uns posts iguais a esse, mas vamos lá, uma crítica ao Marketing anti-ético ou à não instrução do consumidor.

Comprei um remédio para pingar no nariz devido a uma congestão nasal, comprei a marca, nem sei se há outros no mercado, percebi no entanto, que havia mudado sua típica embalagem amarela e havia um relógio marcando 12 horas, para um leigo imagina-se que o resultado vai durar por 12 horas, mas não foi bem isso que aconteceu, uma hora depois já estava tudo entupido. Mas é claro que para o meu caso talvez não se aplique as 12 horas.

Também comprei um anti-séptico bucal que seu efeito dura até 12 horas, nesse caso, desde que vi a pasta de dentes que seu efeito durava 12 horas eu já desconfiava. Talvez eu não esteja usando corretamente, ou não se aplica para o meu caso, mas comigo não dura muito mais que algumas horas.

E a fralda! Minha linda Lina usa uma fralda para 12 horas, trocamos a cada 2 horas, acho que não li o manual da fralda, mas não dura 12 horas, tá certo que é melhor que as normais que vazam, mas durar 12 horas isso não dura.

A pasta de dentes resolveu mudar, não é mais 12 horas, e sim 12 problemas bucais, é força problema, mas vai lá, alguém na empresa falou da puta sacanagem com o consumidor.

Falando em sacanagem, a do papel higiênico é a pior, vendem rolos de 20 metros mas enrolam como se fosse 40 metros, quando se pega o rolo ele fica igual algodão doce. O pior é quando mantém os 40 metros mas a folha é mais fina que sei lá o quê, sabe a erda que dá isso.

Já falei sobre isso em outro post. As marcas vendem muito e não atendem as expectativas do consumidor, imagina então se atendesse, poderiam vender muito mais, depende apenas da competência deles.

Mas é assim até na mãe natureza, marketing anti-ético! Veja as flores, como são bonitas, apenas para serem polinizadas, após a polinização elas murcham. Depois reclamam dos homens que deitam e dormem.  É como quando compramos um produto 12 horas, não funciona e a gente murcha.

Marketing anti-ético, até quando isso vai durar? É coisa de Brasil ou de América?

Na Alemanha existem grupos de testes, que testam de tudo e qualificam os produtos, assim se o que diz na embalagem não condiz com o produto, a classificação não é nada boa.

É isso aí, aqui no Brasil existe esse lance de produtos 12 horas, é o ápice da estupidez das marcas, não funcionam.

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Desinternetização

Quando um cara normal volta a ser apenas um cara normal…

Facebook, Orkut, Linkedin cancelados! Twiter na mira.

Resolvi dar mais valor às relações reais do que às virtuais.

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Filosofia empresarial

Não sou filósofo, pelo menos não oficialmente, mas gosto de pensar, de filosofar! E isso está faltando um pouco para as organizações atuais, parecem mais uma liga de super-heróis cada um com seus super poderes e suas fraquezas, querem salvar o mundo para saírem nas machetes dos jornais internos, mas pouco se preocupam com a verdadeira solução dos problemas e suas causas.

O importante é querer mudar, tomar a decisão de resolver as situações, quando se tem o desejo e toma a decisão, então as soluções aparecerão.

Um pouco de filosofia empresarial é importante, aproveitar o momento do cafézinho para resolver ou propor soluções.

Na união de setores diferentes, duas a três pessoas, boas coisas podem sair se incentivarmos o raciocínio. Muitos colaboradores têm boas idéias porém a rotina impede que as idéias tomem forma. Também o fato das idéias “nunca” serem ouvidas, acaba desestimulando novas tentativas.

Claro que as coisas não mudam do dia para a noite, uma empresa que não está acostumada a levar em consideração as boas ideias poderá enfrentar um pouco de dificuldade no inicio.

Ideias são como sementes, existem boas e más sementes, aquelas que tem chance de dar alguma coisa e aquelas que não têm chance alguma.

Preparar o terreno para receber as sementes é vital, essa fase de preparação do terreno é o tempo necessário que as empresas têm para alinhar pensamentos da diretoria e gerências a receber novas ideias, filtrá-las, separar o joio do trigo e plantá-las.

Os pais das ideias têm que ter paciência, pois até a semente germinar, crescer e começar a dar frutos, é necessário mais outro tempo, novos cuidados, o resultado virá proporcional aos cuidados prestados. Proporcional ao desejo de que as coisas se resolvam.

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Planejando uma vida

Para se criar o futuro deve-se acreditar no seu presente, o passado é apenas uma referência de que não estamos livres de derrotas mas também somos capazes do sucesso. A verdadeira motivação vem da certeza de que se está fazendo a coisa certa.

Para saber se o que está fazendo é certo basta ver a atual situação e espelhar para o futuro, em todos os aspectos, esse é o ambiente que quero trabalhar? Há expectativa de crescimento que atenda meus anseios? Quais são as possibilidades?

Essa é a preparação para a grande jornada rumo à concretização dos sonhos e objetivos. É a preparação do terreno antes da semeadura, ter certeza que está semeando em um terreno fértil, pois mesmo que as sementes, suas intenções, sejam da maior qualidade, se o terreno não for fértil, se você não acredita no sucesso projetando o presente no futuro, pouco vai adiantar suas boas intenções. O melhor mesmo é procurar um terreno fértil para suas boas sementes.

E o que são essas boas sementes? Suas metas? Sim, acredito que também podem ser. Os livros acabam convergindo para um ponto, foco no que quer! Deve dormir e acordar pensando no que quer. No livro “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes” no capítulo 2, hábito 2, “Comece com um objetivo em mente“,  vai um pouco mais além, pedindo para escrevermos nossa missão e visão pessoal. O livro “O maior vendedor do mundo” de Og Mandino te faz uma lavagem cerebral “Eu formarei bons hábitos e me tornarei escravo deles“, precisamos de uma limpeza no cérebro, na mente, no corpo e na alma. Já em “O livro dos Jovens” de Masaharu Taniguchi nos diz para sonharmos, “Jovens, sonhem!“, “Já que vão sonhar, o seu sonho deverá ser bem grandioso. As coisas pequenas não atraem as pessoas”. É como a lei da gravidade, quanto maior a massa de um corpo celeste maior seu poder de atração, pense no poder gravitacional dos seus sonhos, no poder em atrair pessoas para sua concretização.

O texto abaixo é fruto de minha percepção do DVD COMO ESTABELECER METAS COM ELI ELIMELECH. Em itálico estão os trechos do DVD e escrito normal estão minhas percepções pessoais.

Por que escrever as metas? Essa é uma dúvida que sempre tive e fiquei satisfeito com a resposta abaixo.

Por exemplo, ao comprar um carro novo, no meu caso um Prisma, ao sair no dia seguinte com meu Prisma verei um monte deles na rua, nunca havia nem ouvido falar nesse carro antes. Quando a mulher engravida percebe que há um monte de grávidas por aí e assim é. Como no filme “Quem somos nós” onde mostra que os índios americanos não viam as caravelas de Colombo se aproximarem pois eles não reconheciam aquilo, passamos a reconhecer somente aquilo que conhecemos. Reconhece aquilo que conhece e aparece aquilo que reconhece.

A mente naturalmente seleciona no que vai dar mais atenção, não dá para prestar atenção em tudo, ficaria louco assim. Por isso deve-se escrever, foco naquilo que quer.

O consciente avisa ao inconsciente o que é importante, e ao longo do dia, inconscientemente somos alertados de nossas prioridades, assim começamos a focar naquilo que escrevemos. É como quando vai a uma livraria e passa a enxergar livros que nunca percebeu antes de definir suas metas. O inconsciente vira uma antena receptora sintonizada em suas prioridades.

Disponha de tempo para escrever suas metas, não negligencie isso, não deixe em segundo plano como algo sem importância, invista R$ 200,00 em uma diária em um bom Hotel e nesse ambiente livre de interrupções, escreva suas metas.

Quatro passo para definir suas metas:

  1. Definir claramente onde se encontra atualmente, fazendo uma lista das coisas que não aguenta mais e deixe isso em separado. Fazer uma lista de pelo menos 3 coisas que conquistou e se orgulha, qualquer coisa, o campeonato do bairro, uma namorada ou um namorado, um bom emprego, passou no vestibular, quaisquer 3 conquistas. Isso será importante para saber que tem potencial de conquista.
  2. Onde quero chegar? Objetivos de curto, médio e longo prazo. Objetivos do casal devem ser comuns, caso contrário um deverá ceder. Lembre-se das forças vetoriais na física, quando os dois puxam para o mesmo lado as forças se somam, se puxarem para lados opostos as forças se subtraem. Chamo isso de vetores da força de vontade.
    Vetores da Força de Vontade

    Vetores da Força de Vontade

  3. Faça tudo por escrito, pelos motivos já vistos acima.
  4. Coloque em local visível, leia e releia todos os dias. Como a lavagem cerebral de “O maior vendedor do mundo”, lembre-se já que está lavando o cérebro aproveite e faça uma faxina geral na mente e na alma. A lista não aguento mais deve ficar guardada em uma gaveta e só deverá ser consultada para ser riscada, riscar itens da lista “Não aguento mais” mostra evolução, aprimoramento pessoal.

Áreas das metas

Essa divisão em áreas pode-se variar um pouco, mas é importante que separe as áreas ou classes de metas, por exemplo, no Projeto Prosperidade da Seicho No Ie divide-se em 5 áreas:

  1. Física, Pessoal e Social
  2. Espiritual e Mental
  3. Familiar
  4. Profissional
  5. Financeiro e Econômico

Pode variar um pouco de texto para texto, por exemplo:

Equilíbrio entre as cinco saúdes

Importância do desenvolvimento pessoal é que precisa ser mais para ter mais. Portanto cuide de seu desenvolvimento pessoal, assista palestras, veja bons filmes, leia bons livros, provavelmente seu subconsciente vai te direcionar para melhores oportunidades daqui para frente, esteja atento à elas. Pense nas qualidades que quer em seu caráter de modo afirmativo e não de modo a negar os defeitos. Por exemplo, sou uma pessoa simpática. E não o contrário, não sou uma pessoa grosseira. Entendido? E no tempo presente, todas suas metas devem ser escritas no tempo presente. Como se você já estivesse vivendo essa realidade.

As áreas das metas segundo ELI ELIMELECH:

  1. Desenvolvimento Pessoal
  2. Carreira e finanças
  3. Bens e Aventuras
  4. Doação

Gostei da divisão acima, é mais simples e prática para o dia a dia, fique à vontade para decidir, o importante é dividir em áreas.

O que se especificar na carreira e finanças, em termos de salários e rendimentos, é que vai te ajudar a conquistar os bens e aventuras, portanto não podem ser conflitantes, devem ser reais e factíveis.

Depois que conquistamos um bom nível social e financeiro queremos ajudar pessoas. Quem não tem nada, ou pensa que não tem nada, normalmente é egoísta e só se preocupa consigo mesmo. Como um bebê que só recebe, até chora para pedir mais. Já em fase adulta, queremos presentear as pessoas amadas, uma avó por exemplo quer dar tudo aos netos, é natural do ser humano querer compartilhar seu sucesso. Portanto separe algo para doação.

Descreva as metas com bastante detalhes, seja específico, coloque fotos. Tempo presente. Não coloque: “quero ter”, pois seu subconsciente é muito disciplinado e vai fazer você sempre querer ter e nunca ter de verdade. Coloque emoção, brinque com a situação.

Por exemplo: Tenho uma Zafira com 7 lugares, banco de couro, cor prata, isso para poder acomodar toda a família, gostamos de sair para passear na praia ou no campo e pode ir toda a família, o banco de couro é mais fácil de limpar em caso das crianças deixarem cair algo enquanto se divertem no interior do carro.

Zafira Elite

Zafira Elite

Previsto: dezembro de 2011

Realizado:

Mesmo que o previsto é no futuro, deve-se escrever no presente com todo sentimento possível, visualize, sinta o cheiro do banco de couro, escute o ronco do motor, é assim que funciona. Antes de dormir e ao acordar, leia todas as suas metas, acreditando ou não nesse sistema ele funciona assim mesmo, ou seja, apenas faça!

Metas para o próximo ano, deve-se ter noção de como vai realizar, pois já está aí, não dá para colocar uma Ferrari para o ano que vem com um salário baixo e não conte com a sorte. Metas para os próximos 5 anos, aí não precisa saber como conseguirá, o subconsciente vai se encarregar de te direcionar para as melhores oportunidades. E como em meu artigo “A Criatividade está lá fora II“, a turma lá de cima vai se encarregar de achar as pessoas certas para sua vida.

Por fim, escreva uma lista de características da sua atual empresa e caso pense em permanecer nela, o porque ela é o veículo para suas conquistas, amigos, a cidade. Isso é importante para saber que essa situação é suficiente ou não para se chegr lá.

Primeiro tenha atitudes e postura de acordo com o que quer ser e ter, depois vem a realização e não esperar a realização dos sonhos para depois ter atitudes condizentes. Não deixe fatores externos influenciar suas atitudes.

Caso tenha dúvidas ou queira compartilhar sua experiência nessa área, deixe na forma de comentários, ficarei grato pelo seu feedback.

Tarcísio Nunes - TNX

Tarcísio Nunes

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A criatividade está lá fora II

Para ser criativo tem que viajar, não só em pensamento mas também na vida real, uma coisa alimenta a outra. Só viaja em pensamento quem tem bons lugares já mapeados na mente.

Portanto faça coisas diferentes com pessoas diferentes. Inovação é acrescentar um novo ingrediente a aquilo que já está bom, não precisa criar algo novo, criar algo novo é criação e não inovação. Inovar é tornar algo que já existe em algo novo. Como? Adicionando o novo ingrediente.

Às vezes observar algo que não tem nada a ver com o problema pode ajudar a resolvê-lo, a observação nos faz desviar o pensamento, tirando o foco do problema, deixamos o problema sendo resolvido no subconsciente, que é o disco rígido do cérebro, apesar de não existir fisicamente, é nessa nuvem que fica registrado tudo que passa pelos nossos 5 sentidos e atrevo-me a dizer, por nosso sexto-sentido.

Dar elementos novos ao cérebro possibilita criar novas conexões em nossa rede neural, fazendo com que o clique, o famoso “insight”, apareça.

Mas em se tratando de atrevimento de minha parte, vou um pouco mais além e falemos um pouco de nosso mentor espiritual, aproveitando que em nossos cinemas os filmes: “Chico Xavier” e “Nosso Lar” estão encabeçando as indicações como filme representante do Brasil ao Oscar 2011.

O mentor espiritual diferente do anjo da guarda que nos acompanha desde o nascimento, é uma figura que pode ser um indivíduo ou um grupo, indicado para nos orientar no cargo que agora desempenhas.

Uma empresa ou um cargo é responsabilidade grande demais para uma só cabeça, portanto você nunca está só em suas decisões, nunca!

Não importa qual seja sua crença, não importa em que acreditas, suas decisões podem ter sido tomadas antes mesmo de você ter real consciência do problema, e dependendo de sua sintonia, poderá ter ao seu lado bons mentores ou nem tão bons assim.

Não importa de onde vem a decisão, importa mais sua sintonia com bons propósitos, para edificação de algo que possa ser compartilhado com o maior número de pessoas possível.

Olhe para trás e analise sua vida. É uma vida de construções ou não? Se sim, esse é o caminho da inovação. Se não, lembre-se, a criatividade está lá fora.

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TNX – Inspirar pessoas!

Não quero mais criticar ou falso aconselhar, quero simplesmente ser fonte de inspiração em tudo que eu me propor a fazer. Aprendi que bons amigos não apenas dão conselhos mas riem e choram juntos.

Todas as pessoas possuem em seu interior infinita potencialidade, genialidade. Quando inspiradas, pode surgir o desejo interior de despertar essa potencialidade.

Não quero criticar nem falso aconselhar, pois o que precisamos é de bons exemplos que sirvam de inspiração, seja você também fonte de inspiração às pessoas que te rodeiam, seja você um sol que esquenta e ilumina quem está ao seu lado.

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